terça-feira, 7 de junho de 2011

Capitães da Areia: Religião apresentada no livro e a posição social dos personagens.

Uma obra de Jorge Amado, publicada em 1937, narra a historia de um grupo de menores abandonados e marginalizados, que aterrorizam Salvador  denominados “ Capitães da Areia”, que é  liderado pelo jovem Pedro Bala, morador de rua. Entre espisódios e peripécias os Capitaes da Areia roubam para sobreviver. Os lideres podemos citar: Joao grande, Joao Jose ( O Professor),  Sem pernas, Pirulito, Gato, Boa Vida  e Volta Seca. Dora era a entitulada noiva de Pedro Bala.  
A obra trás na trama a forte presença da religião em função dos personagens,  os Capitães da Areia se mostram bastante envolvidos e respeitadores do folclore e religião da Bahia, se relacionam bem com A mãe de santo D. Aninha que tem a amizade dos Capitães da Areia porque, segundo o narrador
“ são amigos da grande mãe de santo todos os negros e todos os pobres da Bahia” (pg. 97).

A igreja não se mostrava preocupada com os Capitães da Areia,
apenas  padre José Pedro se interessava em ajudá-los, era de origem humilde, fora operário durante cinco anos, só conseguiu entrar para o seminário com uma promessa do patrão, feita ao bispo que visitava a fabrica, de custear os estudos de “alguém que quisesse estudar para padre” (pg. 73). No seminário fora discriminado pelos colegas, pela sua baixa origem social, porem, demonstrava uma crença religiosa e sincera. Por isso, assume a missão de levar conforto espiritual às crianças abandonadas da cidade.
Pirulito era o único do grupo que tinha vocação religiosa apesar de pertencer ao Capitães da Areia. Quando parou de roubar, para sobreviver vendia jornais, seu destino foi ajudar o padre José Pedro numa paróquia distante. 
Em uma episodio dos Capitaes da areia “ Reformatorio” Pedro bala e Dora são presos pela  policia em um flagrante de roubo. Na delegacia Pedro bala é brutalmente espancado e chicoteado para revelar onde o bando se escondia. Dora foi levada a um orfanato, mas Pedro bala é levado a um Reformatorio, lá foi mal tradado cpenas a feijão e água. Com a ajuda de Sem- Pernas, Pedro bala foge do reformatório.
Capitaes da Areia trás uma critica social bastante difundida nos dias de hoje, a questão dos meninos de rua.
Jorge amado em dois depoimentos aqui expostos retrata a sua visão a cerca do assunto:


Capitaes da Areia pode ser considerado a epopéia dos misseraveis, em que denuncia as mazelas sociais como, a exploração do trabalho reificador, o preconceito de classes a descriminação cultural e a fome, contem um sentido moral que castiga as elites da sociedade e é portadora de uma mensagem política.    
Podemos acrescentar a essa relação, um episódio a cerca da obra:
Jorge Amado iniciou a redação de seu texto romance, Capitães da Areia, na cidade de Estancia, interior do Estado de Sergipe, em março de 1937, para termina-la em pleno Oceano Pacifico, a caminho do méxico, no mes de junho do mesmo ano. Os exemplares da primeira edição da obra, disponiveis no mercado e no estoque da editora José Olympo, que a lançara, foram apreendidos pouco após a instalação do Estado Novo (1937-1945). Em novembro, oitocentos exemplares do livro foram incinerados publicamente em salvador, por ordem do comandante da 6° Região militar.
A ditadura Vargas, enquando durou, pode ter impedido a circulação desse romance, mas a partir de sua segunda edição (1944), ele vem mostrando a vitalidade que já ultrapassou a marca de 120 ediçoes em lingua portuguesa.     

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